Seg, 18 de dezembro de 2017, 11:00

Colégio de Aplicação consegue nove medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep)
Foram uma de prata, oito de bronze e uma menção honrosa
Alunos participam do projeto Revelando Talentos para a Matemática, desenvolvido no Codap. (fotos: Schirlene Reis/Ascom-UFS)
Alunos participam do projeto Revelando Talentos para a Matemática, desenvolvido no Codap. (fotos: Schirlene Reis/Ascom-UFS)

Motivação e orgulho resumem bem o sentimento da professora de Matemática Érica de Oliveira, do Colégio de Aplicação da UFS (Codap), ao falar sobre o desempenho da escola na 13ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Este ano os alunos conseguiram uma medalha de prata, oito de bronze e uma menção honrosa.

“É uma conquista que, para gente, é muito bom falar porque é um resultado que tem sido crescente, então estamos muito felizes com o desempenho dos alunos. Para eles é muito motivador e para nós resulta em muito orgulho”, disse a professora que trabalha há 11 anos no colégio.


Professores de Matemática do colégio: Érica de Oliveira (esq.), Carlos Alberto Barreto e Silvânia da Silva Costa.
Professores de Matemática do colégio: Érica de Oliveira (esq.), Carlos Alberto Barreto e Silvânia da Silva Costa.

Segundo o coordenador da Obmep no colégio Carlos Alberto Barreto, o Colégio de Aplicação foi a escola pública que mais recebeu prêmio no estado de Sergipe. “Nós fomos a escola mais premiada em relação às públicas. A escola foi premiada como melhor desempenho e melhor organização”, disse. Dentre as medalhas, oito foram conquistadas por alunos do ensino fundamental e duas do ensino médio.

Ainda de acordo com Carlos Alberto, o bom resultado “não é fruto de uma preparação específica, mas do trabalho que desenvolvemos na disciplina de Matemática e Desenho Geométrico. Não é uma conquista de agora, mas há muito tempo temos sido agraciados com esse bom rendimento”.

Este ano a Obmep também permitiu que escolas particulares participassem.

Destaque


Joana Raquel Cardoso dos Santos conseguiu medalha de ouro em 2011. Na edição de 2017 ela ficou com uma de prata.
Joana Raquel Cardoso dos Santos conseguiu medalha de ouro em 2011. Na edição de 2017 ela ficou com uma de prata.

Não foi a primeira vez que a aluna Joana Raquel Cardoso dos Santos conquistou uma medalha na competição. Em 2011, quando ainda estava no ensino fundamental, ela conquistou um ouro. “Foi muito surpreendente quando recebi uma mensagem dizendo que eu tinha conquistado uma medalha e que eu a receberia no Rio de Janeiro, das mãos da presidente. Eu não sabia das proporções disso”, conta.

Agora, com 19 anos, ela exibe seu último feito antes de deixar o ensino médio: uma medalha de prata. Raquel afirma que os números, ao contrário do que pensam muitos estudantes, nunca foram um problema. “Tenho muita facilidade com a matemática porque a vejo de uma maneira diferente, tenho prazer no raciocínio e na lógica das questões matemáticas”.

O mesmo prazer sentido pela professora Silvânia da Silva Costa, que leciona a disciplina na escola há quatro anos. “É muito gratificante quando nossos alunos participam e conseguem desempenhar tão bem. Isso é fruto de um trabalho de todos da equipe de matemática e do colégio. É um trabalho que conseguimos realizar desde o sexto ano até o ensino médio, com metodologias diferenciadas para atender as potencialidades que nossos alunos têm”.

Revelando talentos


Aluno do 8º ano, João Pedro Natividade dos Santos conquistou medalha de bronze no nível 1 da competição.
Aluno do 8º ano, João Pedro Natividade dos Santos conquistou medalha de bronze no nível 1 da competição.

Uma dessas metodologias citadas pela professora é o projeto Revelando Talentos para a Matemática. Criado em 2015, o projeto reúne núcleos de alunos que demonstram habilidades e competências matemáticas que potencialmente possam ajudar colegas na disciplina. Apesar de o objetivo principal não estar focado na preparação dos alunos para a Obmep, os interesses acabam se cruzando.

O professor Carlos Alberto explica que a ideia é fazer com que esses alunos se comuniquem e se ajudem. “Queremos que o conhecimento não crie neles a ideia de que são superiores aos outros, por isso para participar do projeto os alunos precisam estar abertos para formar núcleos de estudos com alunos que têm dificuldades”.

Um dos frutos desses esforços é a conquista do aluno João Pedro Natividade dos Santos, 13 anos, do 8º ano, que ganhou uma medalha de bronze no nível 1 da competição – reservado aos estudantes de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental.

“Foi a primeira vez que ganhei medalha. Quando cheguei aqui, no sexto ano, participei e fui para a fase dois, mas só agora ganhei uma medalha. Fiquei muito surpreso e meus pais ficaram muito felizes com essa conquista”, disse o estudante

Ascom

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Atualizado em: Seg, 18 de dezembro de 2017, 11:42
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